Artigos e pesquisas científicas relacionadas à área.

Voleibol, que fatores motivacionais levam a sua prática?

O estudo da motivação é um dos grandes temas da Psicologia e também, a Psicologia Desportiva tem investigado os fatores motivacionais que levam à prática desportiva, seja em nível de competição ou de lazer e recreação em jovens e adultos. Considerando o esporte um fator importantíssimo para o desenvolvimento social e cultural de todos os povos, objetivou-se no presente estudo fazer uma caracterização dos fatores motivacionais para o envolvimento de adolescentes no voleibol. Fizeram parte da amostra 75 meninas na faixa etária entre 14-16 anos, pertencentes às Escolinhas de Voleibol de Escolas Estaduais e Particulares de Santa Maria.Como instrumento metodológico utilizou-se o QMAD- Questionário de Motivação para Atividades Desportivas adaptado de Serpa e Farias (1992) para a língua portuguesa do PMQ- Participation Motivation Questionaire de Gill et al. (1983). Os resultados indicaram que o fator motivacional mais relevante para o envolvimento das adolescentes no voleibol, estão relacionados ao Contexto Competitivo, ou seja, Excitação e Desafios (77%), seguido de Afiliação (69%), Desenvolver Habilidades (65%), Reconhecimento e Status (45%), Aptidão (40%) e Liberar Tensões (30%). Outro motivo que merece destaque, e não foi incluído nas categorias de fatores motivacionais, e sim utilizado somente como auxílio ao questionário, é o de “Ter Alegria”, (100%), sendo este um fato muito importante a ser considerado pelos profissionais da Educação Física para que, a partir desses dados elaborem suas atividades de maneira mais consciente, tornando sua prática mais prazerosa, alegre e produtiva, atendendo as expectativas dos praticantes.

Referencias Bibliográficas: http://www.efdeportes.com/efd61/volei.htm

Ideias de projetos sociais através da prática inclusiva da modalidade:

Projeto Unilever

Vôlei Social Unilever: Uma das mais antigas iniciativas apoiadas pela companhia, o programa se destina a crianças e adolescentes de 7 a 15 anos do Paraná e do Rio de Janeiro e é realizado pelo Instituto Compartilhar, presidido pelo técnico de vôlei Bernardo Rezende. Criado em 1997, visa à promoção da autoestima, do desenvolvimento humano e da inclusão social por meio do esporte, já tendo impactado mais de 95 mil crianças e adolescentes ao longo de 15 anos.

Referencias Bibliográficas: http://www.unilever.com.br/aboutus/investimentosocial/

Projeção da modalidade no Brasil; Projeção da modalidade no cenário internacional:

O voleibol teve sua criação em 1895, na cidade de Holyoke, Massachusetts, com o nome de Mintonette, desde então passou por diversas alterações, tanto de regras, de materiais utilizados e também na forma táctica e técnica de ser praticado (NETO, 2004).

Segundo Risola Neto (2003) o voleibol é provavelmente o desporto que mais modificou suas regras sem se descaracterizar, com isso se adaptou às exigências dos novos tempos, às novas metodologias do treinamento.

Introduzido no Brasil por volta do ano 1915 (MATTHELESEN, 1993 apud Fernandes Filho & Medina 2002) o voleibol não apresentava importância, até o ano de 1982, quando o esporte ganhou projeção no âmbito nacional, a partir da vitória da seleção brasileira, masculina, no Mundialito, do Rio de Janeiro. A partir de então, o Brasil passou a fazer parte da elite internacional, do voleibol masculino, conquistando vários títulos, como: medalha de prata, no Mundial da Argentina (1982); medalha de prata, na Olimpíada de Los Angeles (1984); medalha de ouro, na Olimpíada de Barcelona (1992); campeão da Liga Mundial (1993).

Com resultados expressivos obtidos pelas seleções femininas e masculinas, o voleibol brasileiro ganhou popularidade entre os espectadores, e podemos dizer que é segunda maior potencia dentre os praticantes em esportes no Brasil, vindo atrás apenas do mais famoso e popular futebol.

O primeiro campeonato nacional foi realizado apenas em 1944, e após 50 anos, em 1994 foi reformulado e ganhou o nome de Superliga, como é conhecido até os dias de hoje quando completou 18 anos desde sua primeira edição.

Segundo Ugrinowitsch (1997), o Brasil divide com a Itália o titulo de melhor campeonato de clubes do mundo, o que nos permite afirmar que o Brasil passou a ocupar um papel de destaque no cenário do voleibol mundial nas ultimas décadas, tornando-se uma escola respeitada em todo o mundo.

Tendo em vista a popularidade e as mudanças ocorridas no esporte nos últimos anos o presente trabalho vem para elucidar o caminho percorrido pelo voleibol e equipes para chegar ao espetáculo que é apresentado nas quadras nos dias de hoje, tendo como objetivo analisar as mudanças que ocorreram no voleibol brasileiro durante a Superliga (campeonato nacional) de 1994 a 2012.

Referencias bibliográficas: http://www.efdeportes.com/efd175/voleibol-no-brasil-a-partir-da-superliga.htm

Princípios da preparação física a serem trabalhados da modalidade em clubes e escolinhas de esporte

Os requisitos de performance no voleibol devem ser trabalhados de acordo com as necessidades da equipe ou da competição . O aperfeiçoamento das habilidades motoras  ( fundamentos do voleibol), não pode ficar restrito a repetição dos mesmos.

Qual a importância da prática da modalidade para a saúde e qualidade de vida dos praticantes?

O esporte, enquanto conteúdo escolar pode proporcionar a interação social do aluno e fazer com que os alunos se sintam motivados a aprender. Dentre os vários esportes escolares o voleibol apresenta muitas vantagens, pois pode melhorar o relacionamento entre os colegas e desenvolver várias capacidades físicas dos praticantes, como agilidade, coordenação motora, velocidade, tempo de reação.Durante uma partida de vôlei, um grande grupo muscular é requisitado, e músculos como tríceps, musculatura paravertebral, abdominais e musculatura dos antebraços, além dos membros inferiores, ficam em constante movimento. “O vôlei faz o corpo trabalhar como um todo, melhorando as capacidades físicas funcionais, cardiorrespiratórias e de fortalecimento, o que é extremamente benéfico à saúde”

Como adaptar a modalidade para a inclusão de pessoas com necessidades especiais?

Existe o vôlei adaptado para necessidades especiais.Competem atletas amputados, principalmente de membros inferiores, (no Brasil, muitos vítimas de acidentes de trânsito) e pessoas com outros tipos de deficiência locomotora (seqüelas de poliomielite, por exemplo). Há algumas diferenças para o vôlei convencional: a quadra é menor: 10m x 6m contra 18 x 9m e a altura da rede também é inferior à modalidade convencional, tem cerca de 1.15m do solo no masculino e 1.05m para o feminino e os atletas competem sentados na quadra. Outra diferença é que no voleibol paraolímpico, o saque pode ser bloqueado. A quadra se divide em zonas de ataque e defesa, é permitido o contato das pernas de jogadores de um time com os do outro, porem não podem obstruir as condições de jogo do oponente. O contato com o chão deve ser mantido em toda e qualquer ação , sendo permitido perder o contato somente nos deslocamentos. Cada jogo é decidido em uma melhor de cinco sets e vence cada set o time que marcar 25 pontos. Em caso de empate, ganha o primeiro que abrir dois pontos de vantagem. Há ainda o tie break de 15 pontos. Administrado internacionalmente pela Organização Mundial de Voleibol para Deficientes (WOVD), e no Brasil, pela (ABVP) Associação Brasileira de Voleibol Paraolímpico.

Como formar cidadãos mais éticos e conscientes de seus direitos e deveres com a prática da modalidade?

Na sociedade atual, a socialização entre pessoas de todas as partes do mundo gera a ocorrência de diversos valores, tanto bons quanto ruins. Tais valores são também vivenciados no esporte e transferidos para a sociedade. Os benefícios da prática de esportes são inúmeros, tanto para a saúde física quanto mental. O exercício físico, além de proteger de doenças, melhora a função imunológica, eleva a confiança e influencia positivamente fatores psicológicos. No vôlei assim como nos esportes como todo,junta as pessoas,da visão de vitoria,ensina a entender uma perda,aprendemos a ter objetivo, lutamos por isso.

Fases do minivoleibol

Fase um, 1×1

Nesta fase a criança se familiariza com a bola, a quadra, a rede, ensinando as posturas básicas e movimentação na quadra; segurando, arremessando, lançando e rolando diferentes tipos de bola (plástico, borracha, vôlei, futebol, etc.) praticando diferentes tipos de pequenos jogos para desenvolver qualidades físicas como velocidade, agilidade, força e reação (Santos, 1999).

Fase dois, 2×2

São ensinados os princípios de formação inicial, movimentos de acordo com as situações de jogo, cooperação com o colega, observação do oponente e posicionamento da quadra, bem como contínuo desenvolvimento de preparação física básica, através de movimentos rápidos em direção a bola saltos e deslocamentos de diferentes formas (Santos, 1999).

Fase três, 3×3

Nesta fase o objetivo é a aquisição de gestos técnicos básicos: toque, manchete, saque por baixo, ataque em toque, bem como estimular situações que são exigidas no voleibol.

Fase quatro, 4×4

Introdução do bloqueio e da defesa, melhora dos fundamentos e habilidades técnicas e táticas, aperfeiçoamento em todos os fundamentos, novas variações. Na preparação física, continuação da preparação física geral e o aperfeiçoamento de todas as habilidades relativas aos fundamentos. (Santos, 1999).

No minivoleibol todos os jogadores atacam, defendem, levantam, evitando assim uma especialização precoce, algo que deve ser evitado ao máximo tendo em vista que a mesma acarreta em estabilização do desenvolvimento motor

Metodologias para o ensino da modalidade em clubes e escolinhas de esporte.

A obtenção do sucesso no processo de ensino e aprendizagem em qualquer situação passa, obrigatoriamente, por uma organização coerente e dentro da realidade, onde todos os aspectos que possam interferir para a obtenção do êxito devem ser minuciosamente estudados e explorados ao máximo.
Um trabalho de iniciação desportiva deve atender aos preceitos técnicos, táticos, físicos e psicológicos da criança. A interação destes fatores é fundamental não só para quem está iniciando, como também para a futura vida esportiva do aluno.
Ao se propor um programa de iniciação desportiva, o profissional deve identificar e basear seu trabalho em (SILVA, 2006):
* Explorar todas as habilidades motoras que integram a modalidade.
* Recursos técnicos que compõem as habilidades motoras.
* Escolhas técnicas para as situações específicas de jogo.
Ao nos referirmos as propostas metodológicas de ensino do voleibol, nosso pensamento deve estar baseado na ideia de que as diferentes metodologias de ensino devem resultar no mesmo fim, que é o aprendizado do aluno. A escolha por uma ou outra metodologia deverá ser feita atendendo critérios inerentes à realidade de cada situação (BOJIKIAN, 2003).
Quando um aluno ingressa em um projeto de iniciação ao voleibol, a primeira preocupação do professor deve ser de fazer com que o referido aluno tenha afeição pela modalidade. O principal fator para a procura por uma prática esportiva é a busca do lúdico e o aprimoramento das habilidades motoras. Dessa forma, temos que buscar atividades que, ao mesmo tempo, sejam producentes na aquisição das habilidades básicas do jogo e estimulem o iniciante (MACHADO, 2006).
O aluno que inicia um processo de aprendizado no voleibol pode ter vários objetivos, como recreacional; praticar uma atividade física; inserção em novo grupo social; ser atleta profissional; entre outros. Independente do seu objetivo, a preocupação do profissional envolvido no trabalho deve ser a de lhe proporcionar condições de adquirir um aprendizado que faça com que este aluno efetivamente jogue voleibol, obviamente respeitando-se as características de cada indivíduo, seus objetivos e as condições que o indivíduo tem para atingir este objetivo.
A este respeito, quando nos referimos a aprendizagem, temos que ter em mente que o seu conceito está baseado em três critérios: ocorrência de mudança de comportamento; esta mudança deve ser duradoura; e deve resultar de uma prática sistematizada e orientada para um determinado fim (BOJIKIAN, 2003; SCHMIDT e WRISBERG, 2001). A aprendizagem engloba aspectos cognitivos, afetivos e motores.
O aprendizado do voleibol promove benefícios nestes aspectos, tais como:
# Cognitivo: Conhecimento de técnica, táticas e regras do jogo; descoberta e transmissão das noções elementares do voleibol.
# Motor: Capacidade de realizar os fundamentos; capacidade de realização do jogo propriamente dito;
# Afetivo: Respeitar os colegas; ter espírito de equipe; verbalizar sentimentos; demonstrar autoconfiança; ter atitudes cooperativas e solidárias.

Silva (2004) propõe que a aprendizagem motora apresenta três estágios:
1 – Cognitivo: Tem como característica uma grande quantidade de erros, ocasionado pela falta de entendimento do movimento, obrigando que o professor forneça novas informações a cada tentativa. Os movimentos são rudimentares.
2 – Associativo: Os erros são menos frequentes e o aluno já consegue detectá-los e, por vezes, promover os ajustes necessários. No entanto o professor deve continuar passando informações.
3 – Autônomo: As habilidades tornam-se automáticas e o aluno já consegue realizar mais de uma atividade ao mesmo tempo. Sua atenção pode ser dividida com outra tarefa e os movimentos são mais refinados.

Consciente de todos os fatores que influenciam no processo de aprendizagem, é indispensável que o professor planeje com clareza quais serão as estratégias que utilizará no treinamento. O planejamento deve ser visto pelo profissional como uma importante ferramenta do processo de ensino, que vai dar subsídios para avaliar como está o andamento das atividades e permitir que ao longo do tempo o professor avalie o desenvolvimento dos alunos e direcione o foco do seu trabalho para as situações que julgar mais necessária.
O conhecimento das características do desporto propicia ao profissional a aplicação adequada das estratégias que possibilitem a obtenção do maior rendimento pelo aluno.
No processo de ensino do voleibol, as metodologias mais utilizadas são a metodologia convencional de ensino e a metodologia denominada minivoleibol.

Referencias Bibliográficas: http://www.efdeportes.com/efd156/metodologia-para-iniciacao-de-voleibol http://www.portaleducacao.com.br/educacao/artigos/40930/voleibol-como-metodologias-de-ensino#ixzz3IJg9VdoD